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7 de out. de 2007

Artigo: A ineficiência do legislativo também é culpa sua

Eduardo Roque Filho

Você, provavelmente é daqueles que fica criticando a política e, ao mesmo tempo, nem se lembra em quem votou para representá-lo nos níveis legislativos municipal, estadual e federal.

As obrigações políticas de um verdadeiro cidadão não se extinguem com o voto. Na verdade, elas vão muito além dele, exigindo participação através do acompanhamento e fiscalização do legislativo. Está na hora de você parar de fazer críticas retóricas ao governo e começar a agir.

As comissões e sessões do plenário são abertas ao público e, nas audiências públicas, concedem a palavra aos presentes.

Além disso, você pode participar sugerindo projetos de interesse social por meio do contato direto com seu representante.

Também é da competência específica da Comissão de Constituição e Justiça e de Participação Legislativa dar encaminhamento às sugestões e proposições enviadas por entidades civis, como sindicatos, órgãos de classe, associações e organizações não governamentais.

A ineficiência do legislativo é reflexo do descaso da população com a política. Você diz que não tem tempo para participar e acompanhar as discussões administrativas. No entanto, este comportamento desconsidera a importância que o governo tem na sua vida. É como se ele não interferisse nela.

Procure um vereador de sua cidade, ou um deputado de sua região, e exponha suas idéias para melhorar a administração pública.

A corrupção é conseqüência da leniente fiscalização da sociedade, e a má legislatura é reflexo da falta de participação do povo na proposição e exigência de bons projetos.

Atuar na política e contribuir para melhorar a administração pública é possível e muito mais simples do que você imagina.

Exija acesso aos seus representantes, fiscalize-os e ajude-os a legislar.

Críticas sem ações não resolvem o problema. Assim, a ineficiência do legislativo também é culpa sua.

Eduardo Roque Filho é estagiário voluntário da FGV.

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